domingo, 22 de abril de 2007

Plexos Nervosos

Caixas de ligação nervosa = os plexos

Um plexo nervoso é uma rede de nervos entrecruzados semelhante a uma caixa de distribuição eléctrica numa casa. No tronco do corpo existem quatro plexos nervosos.

Plexo cervical: leva as ligações nervosas à cabeça, ao pescoço e ao ombro.
Plexo braquial: leva ao peito, ao ombro, ao braço, ao antebraço e à mão.

Plexo lombar : leva às costas, ao abdómen, à virilha, à coxa, ao joelho e à perna.

Plexo sagrado : leva à pelve, às nádegas, aos órgãos sexuais, à coxa, à perna e ao pé.

Devido à interligação dos plexos lombar e sagrado, por vezes são designados como o plexo lombossagrado. Os nervos intercostais estão localizados entre as costelas.





Sistema Nervoso Autônomo

Sistema nervoso autônomo é a parte do Sistema nervoso que está relacionada ao controle da vida vegetativa, ou seja, controla funções como a respiração, circulação do sangue, controle de temperatura e digestão. No entanto, ele não se restringem a isso. Ele é o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às diversidades do ambiente. Por exemplo, quando você está com frio, o sistema nervoso autônomo começa a agir tentando impedir um queda de temperatura corporal. Mantendo assim o equilíbrio do corpo, também chamado homeostasia.
O sistema nervoso autônomo ajuda muito nesse controle porque é o responsável pelas respostas reflexas de natureza automática e controla a musculatura lisa, a musculatura cardíaca e as glândulas exócrinas. Dessa maneira é ele quem permite o aumento da pressão arterial, aumento da freqüência respiratória, os movimentos peristálticos, a excreção de determinadas substância entre outras coisas.

Apesar de se chamar sistema nervoso autônomo ele não é independente do restante do sistema nervoso. Ele é interligado com o hipotálamo, que coordena a resposta comportamental para garantir a homeostasia.
Sabe-se que o sistema nervoso autônomo é constituído por um conjunto de neurônios que se encontram na medula e no tronco encefálico. Estes, através de gânglios periféricos, coordenam a atividade da musculatura lisa, da musculatura cardíaca e de inúmeras glândulas exócrinas.


Mas como o SNA percebe que deve aumentar a pressão arterial?
Na verdade, não existe um consenso em relação a isso, muitos acreditam que existem componentes específicos do sistema nervoso autônomo responsáveis apenas pela percepção de parâmetros físico-químicos, como pressão, pH, tensão, temperatura, etc. Outro grupo acredita que os sistemas sensoriais, principalmente o somestésico, são os responsáveis pela percepção dessas condições no organismo, e que posteriormente, através do sistema nervoso central essa informação é repassada ao sistema nervoso autônomo que irá agir para o controle do equilíbrio corporal.

O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é composto por duas porções distintas:

Simpático e Parassimpático, cujas ações são antagônicas.

O SNP autônomo simpático:
de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. É responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo. O Simpático tem ação essencialmente vasoconstritora, mediante a libertação do neurotransmissor norepinefrina (vasocontritor) pelos seus botões terminais, ao contrário do Parassimpático.
O SNP autônomo parassimpático
estimula principalmente atividades relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras do Parassimpático que tem ação vasodilatadora mediante a libertação de acetilcolina.

Os Nervos Cranianos

Os nervos cranianos são os nervos que possuem origem aparente (lugar onde o nervo aparenta sair do encéfalo, enquanto que origem real é onde estão presentes os corpos celulares dos neurônios que formam o nervo) no encéfalo.
Os nervos cranianos agrupam-se em doze pares. Entretanto, os pares de nervos cranianos I e II (nervo olfatório e nervo óptico, respectivamente), embora classificados como nervos cranianos, não são tecnicamente considerados nervos, mas sim prolongamentos do sistema nervoso central.

Nervo craniano Função
I-OLFATÓRIO sensitiva Percepção do olfato.
II-ÓPTICO sensitiva Percepção visual.
III-OCULOMOTOR motora Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino.
IV-TROCLEAR motora Controle da movimentação do globo ocular.
V-TRIGÊMEO mista Controle dos movimentos da mastigação (ramo motor);
Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial).
VI-ABDUCENTE motora
Controle da movimentação do globo ocular.
VII-FACIAL mista
Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor);
Percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial).
VIII-VESTÍBULO-COCLEAR sensitiva
Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular);
Percepção auditiva (ramo coclear).
IX-GLOSSOFARÍNGEO mista
Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e palato.
X-VAGO mista
Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das vísceras torácicas e abdominais.
XI-ACESSÓRIO motora
Controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternoclidomastóideo e trapézio.
XII-HIPOGLOSSO
motora
Controle dos músculos da faringe, da laringe e da língua.





A Medula Espinhal

A medula nervosa espinhal ou medula espinhal, é a porção alongada do sistem nervoso central, é a continuação do encéfalo , que se aloja no interior da coluna vertebral em seu canal vertebral, ao longo do seu eixo crânio-caudal. Ela se inicia na junção do crânio com a primeira vértebra cervical e termina na altura entre a primeira e segunda vértebra lombar no adulto, possuindo duas intumecências, uma cervical e outra lombar.



Os corpos celulares dos neurônios se concentram no cerne da medula – na massa cinzenta. Os axônios ascendentes e descendentes, na área adjacente – a massa branca. As duas regiões também abrigam células da Glia. Dessa forma, na medula espinhal a massa cinzenta localiza-se internamente e a massa branca, externamente (o contrário do que se observa no encéfalo).


A medula espinhal tem duas funções:
• Conduzir os impulsos nervosos do corpo para o cérebro. Essa função é realizada pela substância branca.
• Produzir os impulsos nervosos. Essa função é realizada pela substância cinzenta. A medula é capaz de coordenar os atos involuntários ou inconscientes, como retirar o deio rapidamente de uma panela de água fervendo.

Da medula partem 31 pares de nervos que se ramificam. Por meio dessa rede de nervos, a medula se conecta com as várias partes do corpo, recebendo mensagens de vários pontos e enviando-as para o cérebro e recebendo mensagens do cérebro e transmitindo-as para as várias partes do corpo.
Nervos raquidianos:
Quanto à transmissão dos estímulos nervosos, os nervos podem ser de três tipos:
Sensitivos: Levam os estímulos nervosos do corpo para o cérebro.
Motores: Levam os estímulos nervosos do cérebro para o corpo.
Mistos: São sensitivos e motores, simultaneamente.
Na realidade, os nervos raquidianos são mistos, pois são formados por duas raízes nervosas: a raiz anterior, que é motora, e a raiz posterior, que é sensitiva.
De acordo com as regiões da coluna vertebral, os 31 pares de nervos raquidianos distribuem-se da seguinte forma:
• oito pares de nervos cervicais;
• doze pares de nervos dorsais;

Nervos cranianos:

Os nervos cranianos são constituídos por doze pares de nervos que saem do encéfalo e se distribuem pelo corpo. Podem ser sensitivos, motores ou mistos.
A seguir, apresento a relação desses doze pares de nervos e suas respectivas funções.

• Óptico: Conduz os estímulos de luz do globo ocular para o cérebro.

• Motor ocular comum: Estimula a contração dos músculos que movimentam os olhos para baixo e para cima.

• Motor ocular externo: Estimula certos músculos dos olhos, movimentando-os lateralmente.

• Auditivo: Conduz para o cérebro os estímulos sonoros e os impulsos responsáveis pelo equilíbrio.

• Olfativo: Conduz os estímulos do olfato para o cérebro.

• Trigêmeo: Leva ao cérebro a sensibilidade da parte superior da face e dos dentes. Estimula também os músculos que movimentam o maxilar inferior.

• Glossofaríngio: Conduz os estímulos do paladar para o cérebro e movimenta os músculos da faringe.

• Hipoglosso: Estimula os músculos da língua.

• Patético: Estimula certos músculos dos olhos, movimentando-os para os lados e para baixo.

• Facial: Estimula os músculos da face, as glândulas salivares e as lacrimais.

• Pneumogástrico ou Vago: Estimula o coração, os pulmões, o estômago e o intestino, entre outros órgãos, dando movimento e sensibilidade às vísceras.

• Espinhal: Estimula os músculos do pescoço, permitindo a fonação e os movimentos da cabeça e da faringe.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Encéfalo



Divisões do encéfalo:

O TELENCÉFALO
O encéfalo contém cerca de 35 bilhões de neurônios . O telencéfalo ou cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante desenvolvidos. Nestes, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos e motores. Entre os hemisférios, estão os VENTRÍCULOS CEREBRAIS (ventrículos laterais e terceiro ventrículo); contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado mais abaixo, ao nível do tronco encefálico. São reservatórios do LÍQUIDO CÉFALO-RAQUIDIANO, (LÍQÜOR), participando na nutrição, proteção e excreção do sistema nervoso.
Em seu desenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro esteja suficientemente compacto para caber na calota craniana, que não acompanha o seu crescimento.




O DIENCÉFALO (tálamo e hipotálamo)

Todas as mensagens sensoriais, com exceção das provenientes dos receptores do olfato, passam pelo tálamo antes de atingir o córtex cerebral. Esta é uma região de substância cinzenta localizada entre o tronco encefálico e o cérebro. O tálamo atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro onde eles devem ser processados. O tálamo também está relacionado com alterações no comportamento emocional; que decorre, não só da própria atividade, mas também de conexões com outras estruturas do sistema límbico (que regula as emoções).

O tálamo, localizado na zona central do cérebro, é constituído por uma substância cinzenta. Lá, chegam a maior parte das fibras visuais, auditivas e tácteis, retransmitidas de imediato para as respectivas áreas do córtex cerebral. É responsável pela regulação do sono e dos estados de alerta.



O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, é o principal centro integrador das atividades dos órgãos viscerais, sendo um dos principais responsáveis pela homeostase corporal. Ele faz ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. É o hipotálamo que controla a temperatura corporal, regula o apetite e o balanço de água no corpo, o sono e está envolvido na emoção e no comportamento sexual. Tem amplas conexões com as demais áreas do prosencéfalo e com o mesencéfalo. Aceita-se que o hipotálamo desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada à aversão, ao desprazer e à tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De um modo geral, contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese (“criação”) do que na expressão (manifestações sintomáticas) dos estados emocionais


O TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. Possui três funções gerais:

(1) recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça;

(2) contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em direção contrária, do encéfalo para a medula espinhal (lado esquerdo do cérebro controla os movimentos do lado direito do corpo; lado direito de cérebro controla os movimentos do lado esquerdo do corpo);

(3) regula a atenção, função esta que é mediada pela formação reticular (agregação mais ou menos difusa de neurônios de tamanhos e tipos diferentes, separados por uma rede de fibras nervosas que ocupa a parte central do tronco encefálico).

Além destas 3 funções gerais, as várias divisões do tronco encefálico desempenham funções motoras e sensitivas específicas.
Na constituição do tronco encefálico entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos, fascículos ou lemniscos. Estes elementos da estrutura interna do tronco encefálico podem estar relacionados com relevos ou depressões de sua superfície. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico.



O CEREBELO
Situado atrás do cérebro está o cerebelo, que é primariamente um centro para o controle dos movimentos iniciados pelo córtex motor . Como o cérebro, está dividido em dois hemisférios. Porém, ao contrário dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo está relacionado com os movimentos do lado esquerdo do corpo, enquanto o lado direito, com os movimentos do lado direito do corpo.
O cerebelo recebe informações do córtex motor e dos gânglios basais de todos os estímulos enviados aos músculos. A partir das informações do córtex motor sobre os movimentos musculares que pretende executar e de informações proprioceptivas que recebe diretamente do corpo, avalia o movimento realmente executado. Após a comparação entre desempenho e aquilo que se teve em vista realizar, estímulos corretivos são enviados de volta ao córtex para que o desempenho real seja igual ao pretendido. Dessa forma, o cerebelo relaciona-se com os ajustes dos movimentos, equilíbrio, postura e tônus muscular.




CURIOSIDADE
Porque sentimos cócegas?
Segundo Nilberto Scaff, do departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, as cócegas podem ser definidas como uma sensação especial, produzida por um leve roçar ou pela fricção de alguns pontos da pele ou das mucosas, geralmente acompanhada por riso incontido.A sensação de cósega é gerada pela estimulação de receptores sensitivos cutâneos não-específicos (terminações livre), os mesmos relacionados à sensibilidade dolorosa.O estímulo geralmente é tátil e suave, para que não haja o desencadeamento de sensações mais desagradâveis, Com a dor.Além da sensação característica, há a tentativa de afastamento do estímulo da cócega.Essas oservações levam à hipótese de que as cócegas fazem parte de um conjunto de sensações que incluem a coceira e a dor, e que geram comportamentos de autoproteção, na tentativa de afastar o estímulo potencialmente nocivo.


Meninges - são três membranas - dura-máter, aracnóide e pia-máter - situadas entre o eixo cerebrospinal e os ossos que o envolvem.
Dura-máter - membrana externa fibrosa, espessa e resistente, aderente ao osso.
Aracnóide - membrana intermédio constituída por inúmeros filamentos finos e entrelaçados.
Pia-máter - membrana interna fina e percorrida por numerosos vasos sanguíneos. Encontra-se em contacto directo com o eixo cerebrospinal e acompanha todas as irregularidades da sua superfície.



Substância Cinzenta e Substância Branca.
Os corpos das células nervosas e a rede de fibras que os cerca são chamados substância cinzenta . Os múltiplos feixes de axônios são chamados a substância branca . A cinzenta forma a parte interna da medula espinal e sua extensão para o alto, na base do encéfalo, que se chama tronco encefálico . A substância branca envolve a substâcia cinzenta na medula espinal e no tronco encefálico. Nas partes superiores do encéfalo ocorre o contrário, a substâmcia branca ocupa o centro envolvida pela massa cinzenta. As conexões entre as células da substância cinzenta permitem ao encéfalo interpretar os sinais que provêm dos órgãos dos sentidos, compará-los com as recordações, julgar seus valores e planejar uma ação adequada. As fibras da substância branca servem de linhas de comunicação entre as diferentes partes do encéfalo, e entre o encéfalo e a medula espinal.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Tecido Nervoso

O tecido nervoso é dividido em:

- Sistema Nervoso Central (SNC): formado pelo encéfalo e medula espinha




- Sistema Nervoso Periférico (SNP): formado pelos nervos e gânglios nervosos (pequenos agregados de células nervosas).
















O tecido nervoso é constituído por dois componentes principais:

1) Neurônios: células que geralmente possuem longos prolongamentos, que têm a capacidade de responder a estímulos com a modificação do potencial elétrico de suas membranas – impulso nervoso.
Legenda:
1 – Soma ou corpo celular, onde se vêem inúmeros corpúsculos de Nissl
2 – Núcleo, contendo material genético (DNA) necessário ao metabolismo
3 – Axônio (apontando para a membrana axonal)
4 – Axoplasma (citoplasma do axônio, ligado a mecanismos de transporte
5 – Bainha de mielina
6 – Nó ou nodo de Ranvier
7 – Dendritos somáticos
8 – Telodendro (e dendritos terminais ou telodêndricos)
9 – Região do cone de implantação


Em geral, têm três componentes, que são :


































Dendritos – prolongamentos numerosos que têm a função de receber os estímulos.
Corpo celular ou pericário - é onde se localiza o núcleo. É o centro trófico da célula. Também é capaz de receber estímulos.

Axônio – prolongamento único, cuja função consiste em conduzir os impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares).

Os neurônios dividem-se em:

Neurônios multipolares: possuem mais de dois prolongamentos celulares;

Neurônios bipolares: apresentam um dendrito e um axônio;

Neurônios pseudo-unipolares: têm próximo ao corpo celular um único prolongamento, mas que se divide em dois, originando um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central.
A imensa maioria dos neurônios é multipolar. Os neurônios bipolares podem ser encontrados em locais como os gânglios coclear e vestibular, a retina e a mucosa olfatória. Já os neurônios pseudo-unipolares encontram-se nos gânglios espinhais, que são gânglios sensitivos localizados nas raízes dorsais dos nervos espinhais.

Há também uma classificação neuronal quanto às suas funções, que é a seguinte:


Neurônios motores: que controlam órgãos efetores, como fibras musculares e glândulas exócrinas e endócrinas. São encontrados nos cornos anteriores da medula.

Neurônios sensoriais: que recebem estímulos sensoriais do meio ambiente e do próprio organismo. São localizados nos gânglios.

Neurôrios pseudo-unipolares: que estabelecem conexões entre os neurônios, formando circuitos complexos. São encontrados nos cornos posteriores da medula.



2) Neuroglia ou Células da Glia: sustentam os neurônios e participam de atividades relacionadas à nutrição, à reprodução e à defesa do tecido nervoso.
Astrócitos: são as maiores células da neuroglia. Possuem núcleos esféricos centrais e diversos prolongamentos. Constituem a barreira hematoencefálica. Os astrócitos também enviam seus prolongamentos à superfície dos órgãos do SNC (encéfalo, medula), onde formam uma camada na superfície do tecido nervoso, logo abaixo da pia-máter. Podemos distinguir os astrócitos, nos seguintes tipos:

* Astrócito protoplasmático – na substância branca.
* Astrócito fibroso – na substância cinzenta.
* Astrócito misto – na zona de transição entre as duas substâncias (branca e cincenta).
Oligodendrócitos: são menores e possuem poucos prolongamentos. Situam-se tanto na substância branca como na cinzenta. Nesta, localizam-se preferencialmente próximo aos corpos celulares dos neurônios, constituindo células satélites, que formam uma relação simbiótica com esses neurônios. Já na substância branca, os oligodendrócitos estão organizados em fileiras, entre as fibras nervosas,e produzem a mielina do SNC. Os oligodendrócitos são vistos como células mais escuras na micrografia eletrônica, pelo fato de seus citoplasmas possuírem mais organelas que as outras células da neuroglia.




Microglia: suas células são macrofágicas, fazendo parte do sistema mononuclear fagocitário. O corpo dessas células é pequeno e alongado, com núcleo denso e também alongado. Pouco numerosas, com prolongamentos curtos e cobertas por saliências finas, conferem à essas células um aspecto espinhoso. Localizam-se tanto na substância branca quanto na cincenta.




Células ependimárias: São células cilíndricas, com a base afilada e diversas vezes ramificada, que originam prolongamentos que se dispõe no interior do tecido nervoso. São células que possuem um arranjo epitelial e que revestem as cavidades do encéfalo e da medula, e conseqüentemente, estão em contato com o líquido cefalorraquidiano, que é encontrado no interior dessas cavidades.



Célula de Schwann: é um tipo de célula gial que produz a mielina que envolve os axônios dos neurônios do sistema nervoso periférico, permitindo a propagação rápida de potenciais de ação. Desempenham a mesma função na periferia que os oligodendrócitos desempenham no sistema nervoso central.
Cada célula de Schwann envolve um segmento de um axónio, enrolando-se em volta deste e de si própria. A sua membrana celular contém lipídeos e glecoproteínas produzidas na célula com propriedades especificas para as necessidades de isolamento dos neurónios. O corpo celular, onde se localiza o núcleos e organelas produtores dos componentes da membrana (a mielina) fica limitado à periferia.
A região do axónio entre duas células de Schwann que não está envolvido por nenhuma dela é o Nodo de Ranvier . Este mecanismo permite a rápida do potencial de ação, o que leva a grandes ganhos de velocidade e de energia. As regiões de citoplasma que além disso a célula também produz factores de crescimento e permito a nutrição eficaz do segmento do axónio que isola.



Substâncias branca e cinzenta: O Sistema Nervoso Central é formado por estruturas que apresentam essas substâncias. A substância branca tem esse nome justamente pela coloração que apresenta devido a grande quantidade de fibras mielínicas que apresenta. Além destas, a substância branca também apresenta oligodendrócitos, astrócitos fibrosos e células da microglia. Já na substância cinzenta se encontram corpos de neurônios, abundante número de fibras amielínicas, algumas fibras mielínicas, oligodendrócitos, astrócitos protoplasmáticos e células da microglia.




CÓRTEX CEREBRAL: é constituído de substância cinzenta. Em cortes histológicos perfeitamente perpendiculares ao córtex encontramos normalmente seis camadas, diferenciadas pelo tipo e disposição de suas células.














CÓRTEX CEREBELAR: o cerebelo está relacionado com as funções de equilíbrio, de tônus muscular e de coordenação motora somática. Possui um "centro" de substância branca (centro ou corpo medular). Deste corpo medular, irradiam-se os lóbulos cerebelares, que são revestidos por substância cinzenta, o córtex cerebelar. A substância cinzenta também pode ser encontrada no cerebelo, além de no córtex cerebelar, em quatro pares de núcleos no interior da substância branca, os núcleos denteado, fastigial, emboliforme e globoso. O córtex cerebelar é formado pelas seguintes camadas, da mais externa para a mais interna:

Camada molecular
Camada das células de Purkinje
Camada granulosa